É isso aí:
Fizemos de tudo pela adaptação escolar, nos dedicamos, nos desdobramos. E essa não foi a primeira vez que me descabelei para que meu filho quisesse ficar na escola, desejasse aquilo tanto quanto eu. Mas…
Não deu certo. Fiz de tudo mais não rolou.
Depois de meses entre revezes e muitas manhãs com a bunda naquela cadeira minúscula e obviamente não mais adequada ao meu tamanho,finalmente desisti.
Aliás desistimos. Ele primeiro, eu depois e a escola também não ajudou muito.
E não é uma crítica aos métodos da escola,de maneira nenhuma!! Foi através dela que descobri o que deveria trabalhar no Theo e como deveria proceder.Em nenhum momento me sugeriram que o deixasse chorando e fosse embora, possivelmente isso complicaria ainda mais a situação atual.
E vejam…é um conjunto de fatores, não um único motivo, isolado.
Como disse, amo a escola que escolhi para meus filhos. Babi se adaptou super bem, é uma aluna nota 10, sempre elogiada e adora tudo lá.
Descobri que mesmo que se tenha acesso as melhores escola, infelizmente isso não é garantia de sucesso.
Esse é o ponto numero 1 do nosso fracasso:
A escolha da escola.
Ser a melhor ou mais cara da cidade não é garantia de sucesso. Ela deve ser a MELHOR ESCOLA para seu filho.
Acho que Theo, apesar de muito esperto, ainda é muito imaturo(meninoooss ;)) e a escola que escolhi para ele é enorme, sem muitos mimimis ou enfeitinhos. Traduzindo : Tradicional e nada lúdica.
O horário.
Como Babi está no 6º ano, a partir de 2013 só foi possível estudar no período da manhã. Quis matricular o Theo no mesmo horário para evitar o “vai e vem” da vida de mãeTorista o dia todo.
Foi um erro. Apesar do Theo ter se acostumado e acordar cedo, o fato de já ter que se trocar e ir para escola meio que correndo, sem assimilar o que estava acontecendo o deixava inseguro e agitado… e nada receptivo a ideia de ficar lá na porta da escola. Acredito que se o tivesse matriculado a tarde as coisas poderiam ter sido diferentes, mas isso é só uma impressão…aí vem o motivo número 3.
A ansiedade da Separação.
“Ansiedade de separação é um medo comum nas crianças entre 1 e 6 anos. Este termo refere-se à marcha de protesto da criança face aos pais ou às pessoas que assumem esse papel, manifestando desconforto na sua ausência e ansiedade pela antecipação de situações de separação.
A criança pode temer estranhos, mesmo sendo perto da mãe ou até nos seus braços, no entanto, a ansiedade de separação não se trata de medo de estranhos. Naturalmente, uma criança que sofre de ansiedade de separação tem receio de pessoas e situações estranhas e tenta manter o contacto físico com a mãe sistematicamente.
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos e Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
A criança pode temer estranhos, mesmo sendo perto da mãe ou até nos seus braços, no entanto, a ansiedade de separação não se trata de medo de estranhos. Naturalmente, uma criança que sofre de ansiedade de separação tem receio de pessoas e situações estranhas e tenta manter o contacto físico com a mãe sistematicamente.
A Ansiedade de separação pode ser observada, por exemplo, no 1º dia de escola. Crianças que evitam o professor, que choram e se apegam às mães.” – diz a psicóloga Dra. Patrícia Segurado Nunes –
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos e Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
Então…
A sugestão do problema veio da própria escola, e eu entendi na hora o recado. Sempre me recomendaram não deixá-lo lá chorando, nunca sair de fininho sem falar tchau e vir buscá-lo correndo caso ele pedisse para ir para casa. E isso acontecia dia sim, e dia também, caso eu não passasse minhas manhãs na escola.
Ele estava mais ficando em casa (ou eu na escola) do que qualquer coisa. E depois das férias as coisas pioraram demais.
Optamos então por seguir nossos instintos ( e parar de pagar uma mensalidade cara para um aluno “gasparzinho”) e fomos procurar ajuda especializada, tudo com o apoio da escola, que nos fez entender que simplesmente deixá-lo lá e continuar com essa adaptação sem apoio extra seria uma perda de tempo e dinheiro. A escola não pode nos oferecer uma vaga no período da tarde, eles fizeram o que podiam. Nós gostamos bastante da posição da professora, coordenadora e da pedagoga da escola, nos sentimos amparados e orientados.
Vamos retomar a adaptação escolar no ano que vem…em uma nova escola, até porque estaremos morando em outra cidade e no período certo para ele…respeitando o fato de que ele precisa assimilar a ideia de ficar algumas horas longe de nós.
Não sei se será fácil…mas nada é mesmo simples na vida dos pais, né?
Com toda essa dificuldade na adaptação escolar que enfrentamos apredendemos:
-devemos escolher a escola certa para cada criança (mesmo que vc tenha 10 filhos e tenha que fazer 10 viagens pela cidade)
-escolher o horário certo para cada criança (claro, caso tenha oportunidade)
-problemas na adaptação escolar podem acontecem com crianças de qualquer idade. A ansiedade da separação pode aparecer tenha você matriculado seu filho bem cedo ou tardiamente, como no caso do Theo que só foi iniciar a escola esse ano, quase aos 3.
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Agora estou rezando (o que me restou).
E logo venho compartilhar nossos avanços e resultados.
Cenas dos próximos capítulos de “o calvário escolar” você verá por aqui!!
PLIM PLIM
7 Comments
Ano que vem vai dar certo, Má! E vc tem razão, a melhor escola varia para cada filho! E seguimos na luta, aqui matheo parece q se adaptou na escola nov,a mas foi uma luta tb! Força aí, amiga e beijos nos lindos!
Oi Marina! A separação é mais difícil para uns do que para outros. Você está certa em escolher o que é melhor para vocês dois nesse momento. Veja por mim que fiz adaptação de gêmeos e um é tão diferente do outro (adoro isso!)E não existe idade para se sentir inseguro. Até hoje lidamos com isso. O que vale é o apoio que o Theo recebe. Isso ele nunca vai esquecer na vida. Beijos! P.S. E tá bonito esse carinha, não?
Nossa, sempre concordei com isso que vc falou. Cada filho tem que ter seu perfil respeitado para a escolha da escola. Comodidade nesta hora não importa, se aqui estiver fazendo mal para seu filho. E olha, tenho uma amiga que está sentindo isso com a filha de 7 anos. A outra filha de 12, super adaptada na escola. A menor não conseguiu, exatamente pelo perfil. Que tudo dê certo pra vcs…tudo bem, no ano que vem… Saudades Albuquerque Figueroa…kkk
Mari, sabe que um dos seus aprendizados é algo que eu sempre acreditei: cada criança se adapta a um tipo de escola. Você pode dar a sorte dos 2 se adaptarem a mesma, mas isso nao precisa ser regra.
Espero que tudo dê certo no ano que vem.
beijao
Lele
Ai ai ai, já tô aqui pensando como será com a Loly… pretendo colocá-la na escola ano que vem (aos 3) e acho que essa ansiedade da separação vai surgir por aqui tb.. vou acompanhar o desenrolar da sua história para me preparar para a minha!! rs
Beijos,
Dani http://www.maedaloly.blogspot.com.br
Hehehehe…olha o que me espera!!!
E o Theo sempre lindo. Achei que ele mudou. Carinha de menino!!!
Muitas saudades!!! Amo vcs!!!
Lindo o Theo .. eu coloquei meu filho no ano que ele completaria 3 anos, escolhi coloca-lo no segundo semestre (o primeiro ia com ele visitando as escolinhas pra então decidir a MELHOR para ele) e no período da tarde (já que temos as vezes o problema de acordar-lo e já ter que sair), no começo ele ia chorando, mas logo que chegava lá a professora pegava ele, conversava levava pra ficar com os amiguinhos, e começou 1 semana aumentando o horário, começou ficando 1 hora até completar as 4 horas, e depois nem ligava mais pra mãe na porta …
mas com certeza vcs irão ter uma adaptação melhor no próximo ano …
beijos Mi Gobbato
http://espacodasmamaes.blogspot.com.br/